Maui comenta sobre seu estilo de vida, carreira e parceria na coleção ID, da Redley.

A Redley e a cultura periférica possuem conexão há tempos. Um dos grandes exemplos é a música “Chatuba de Mesquista“, que foi um dos maiores sucessos do funk nacional entre os anos 90 e 2000, citando a utilização da marca.

Semanas atrás, estreou a nova coleção da linha ID, que é inspirada nas cenas da vida urbana e na liberdade de expressão através da moda, representando um convite para aqueles que querem expressar suas características.

Tendo estrelado o lançamento, Maui apresenta forte ligação pessoal com a Redley, e destrinchou em entrevista exclusiva para o portal RapMais.

Foto: Reprodução/Instagram

“Sempre entrei muito em conflito com essa ideia de ser cria, e sempre me senti cria, porém não via diferença entre eu e os outros crias de onde cresci, mesmo sabendo que existe uma pluralidade enorme na comunidade e não vendo isso ser retrato”, inicia ele.

“Eu ainda queria ser visto como cria e, ao mesmo tempo, expressar o meu jeito de ser. Então, tive que dar uma atenção para a moda e para o que significa a moda como arte, enquanto mensagem, tá ligado?! Para eu poder achar qual é esse lugar que consigo expressar as pluralidades do que sou, porque acho que identidade é isso; ser várias coisas, uma mistura muito única. E acho que o ID representa muito bem isso, porque eles atendem muitos tipos de crias”, diz o cantor e compositor sobre a coleção.

A experiência da parceria com a Redley

Em constante evolução artística, Maui, no último dia 19, esteve realizando um evento de pagode no Rio de Janeiro – o que já diz muito sobre sua multipresença na cena. Já a respeito da moda, relata que tem bastante cautelosidade para abordá-la em sua carreira.

“Sempre pensei em trazer a moda como algo relevante no meu trabalho, tenho um cuidado muito grande por estar inserido um pouco nesse meio. Tenho vários amigos stylists e designers, mas nunca pensei em estar fazendo uma campanha para uma marca”, conta.

Na sequência, ele revela como surgiu sua ligação com a Redley. “Em especial a Redley, que é uma marca que conheci através do skate, então era algo que parecia estar distante, porque ainda me vejo como um artista pequeno, um menor de Duque de Caxias”, ressalta.

Foto: Reprodução/Instagram

“Quando recebi o convite, foi uma surpresa muito boa – mesmo não caindo de paraquedas nesse meio -, porque já era uma parada que eu vinha alimentando para que viesse. Fiquei muito realizado, acho que dá para ver no material de publicidade a minha alegria de estar lá com pessoas que me inspiro, no mesmo patamar… Bizarro. Minha ficha ainda está caindo”, destaca o artista.

A parceria com a Redley marcou a estreia integrante da Leigo Records, POSTURA ent. e Deckdisc em publicidade. Na entrevista, ele comentou como vem sendo a relação com a marca. “A Redley literalmente me acolheu, me pegou no colo e mostrou como funciona esse universo e como funciona o trabalho”, afirmou.

“De tantos lugares que eu poderia iniciar esse trabalho, está sendo ao lado de uma marca que é tão respeitosa, que mostrou tanta cumplicidade e hombridade. Minha comunicação com a equipe Redley internamente é a mesma que tenho com a minha equipe, que está comigo há muito tempo e é muito fluida”, pontuou o talento do R&B nacional.

Modelo preferido da nova coleção da linha ID

“Amo o branco com o cadarço preto. Antes mesmo de saber que iria rolar a campanha e que eu iria participar dela, fui na loja e peguei um pra mim porque me fisgou na hora”, comenta Maui.

Foto: Reprodução/Instagram

Conexão artística de Maui com a proposta da Redley

Em seguida, o cantor compara a proposta conceitual da Redley com o seu caso. “Acho que a marca Maui, que é o que venho tentando construir, casa muito com a marca Redley e uma tem muito a beneficiar a outra. Quero que as pessoas sintam autoestima, mobilidade e versatilidade tudo junto, e são coisas que também estão no propósito da Redley”, reflete.

“Talvez, se eu tivesse feito uma coisa extremamente planejada, não teria pensado em uma parceria tão rica quanto essa – sendo com a Redley e, ao mesmo tempo, tão espontânea e natural”, celebra.

A Redley e sua conexão com as ruas e o rap

Voltando para a conexão da marca com a cultura periférica e do hip-hop, o artista fluminense expõe sua percepção do impacto causado por ela. “Andamos de Redley, viemos pegar… Tá maluco! Acho que essa conexão vem do fato da cultura hip-hop ser muito colorida, enérgica, forte, intensa; e a Redley tem essa energia solar, essa ‘Alma Solar’ que é até o slogan do bagulho”, cita.

Foto: Reprodução/Instagram

“Então não tem como deixar de representar esse lado do hip-hop que é a cor, a intensidade; tá ligado!? Que é a galera que se movimenta, dança, pula… E me encaixo nele lugar; sou muito frenético, não sou esse manos posturadão de ficar de canto nos roles; e a Redley acaba que representa muito essa energia do urbano mais alegre, da cidade com cor, e é isso que o hip-hop faz”, explica Maui.

“Estamos aí grafitando muro, colocando melodia nas histórias tristes… Então acaba que é um casamento perfeito”, diz ele.

Música e moda: culturas interligadas

Como já relatado ao longo da conversa, o Maui tem relevante conexão com a moda. Agora, o artista destrincha a influência desta cultura em sua arte. “O meu trabalho ocupa um lugar muito específico, então preciso usar todos os artifícios que puder para passar essa mensagem”, conta.

“Mesmo com recursos limitados que tenho em meu trabalho, desde o início da minha carreira, sempre tentei usar essas ferramentas de comunicação e expressão ao meu favor. No meu primeiro single, sem recursos, fiz parcerias com brechós do bairro para poder ter um acervo de roupa legal e montar looks maneiros para gravações”, revela o cantor e compositor.

“Juntamos com pessoas que não eram profissionais mas tinham noção de moda para me ajudar a construir uma parada legal, porque a mensagem é algo muito importante para mim. Acho que para além de se vestir por se vestir, é comunicar algo; e a moda ocupa esse lugar dentro do meu trabalho, de potencializadora de mensagem”, explica.

Foto: Reprodução/Instagram

“Hoje em dia, trabalho com algumas stylists que são a Mafe e Angel – que também trabalha com a Redley -, que estão me ajudando a construir uma mensagem forte, uma mensagem consistente e me expressar… É a pluralidade que falei antes”, acrescenta.

“Amo poder me vestir de várias formas e falar várias coisas diferentes; é como falar vários idiomas. Então, a moda ocupa esse lugar na minha arte, de me fazer sentir poderoso. A primeira vez que me senti artista, a primeira vez que subi no palco com a confiança de que estou fazendo arte de uma forma incrível, completa, foi também a primeira vez que tive uma stylist trabalhando comigo, que foi a Marina Fernandes lá em Belo Horizonte”, conta Maui.

“Desde então, nunca mais parei de ter cuidado com o que visto e do que eu gosto de comunicar”, completa.

Foto: @emanuelsant

Colaboração de sucesso com Luccas Carlos e próximos passos na carreira

Djavan foi definitivamente um divisor de águas. Meu primeiro milhão numa faixa e ao lado do meu maior ídolo na música. Esses eram grandes objetivos e, agora que alcançamos, surgem os novos, né?! [risos] Quero construir um legado e, por isso, venho pensando e trabalhando a fundo cada lançamento”, afirma.

“Teve o EP Rubi em 2023, e estou lançando o Faxinalove, que é um projeto com banda, e o próximo capítulo dessa história vai ser meu álbum melodia&barulho. Além disso, tem muitas parcerias legais para sair, então esperem bastante movimento”, conclui.

 

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